Nos pequenos atos que surgem as grandes mudanças

Não são todas as pessoas que pensam nas consequências que podem ser causadas com o consumo desenfreado.

Vendo pelo lado de consumo como compras em lojas ou shopping por exemplo, não costumamos refletir se o que estamos comprando fará mal tanto para nós quanto para nosso meio ambiente, se a forma que estamos usando o produto está sendo correta e sobre como faremos o descarte do que foi adquirido e já não possuí aparentemente mais utilidade.

O consumo é inevitavelmente algo que engloba a todos os momentos de nossa vida. Necessitamos diariamente de água para alimentação e higiene; eletricidade também para alimentação, higiene e para a sustentação de aparelhos eletronicos; e para locomoção consumimos combustíveis mesmo que seja em transporte publico. Portanto, mesmo que você passe o dia todo sem sequer abrir a carteira, terá consumido diversos recursos e nem sequer percebo tal fato.

Por esse motivo o assunto "consumo consciente e seus impactos" tem sido cada vez mais discutido nos últimos tempos e que envolve diversos aspectos. Primeiro vem o impacto na economia, que também tem sido bastante lembrado, pois ao adquirirmos algo, estamos ativando todo um ciclo de produção e distribuição, que só então ativamos a economia. Segundo tema são os aspectos economicos que afetam a sociedade, pois é dentro dela que ocorre a produção e as transformações causadas pelo consumo. E por último o impacto sobre a natureza, que nos fornece as matérias-primas para a produção de tudo o que consumimos.

Como um dos nossos maiores instrumentos de bem estar, o consumo é sim algo que nos beneficia de maneira única, porém, precisamos aprender a dosar todos esses recursos visto que o modelo hoje utilizado de produção e consumo contribuiu para aprofundar alguns temas da desigualdade social e do desequilíbrio ambiental

Entretanto podemos ser responsáveis sem deixar de aproveitar o auxilio que só temos quando consumimos. Exercendo o consumo consciente no nosso dia-a-dia, pesquisando com que matéria-prima são feitas as embalagens dos produtos que usamos e se após seu uso, podem ser reutilizada criando diversos outros produtos já são atitudes de um consumidor consciente. Dosar o consumo da água é mais um ponto forte para uma atitude sustentável. De acordo com o Instituto Akatu (http://www.akatu.org.br/) 30% da população mundial tem acesso á água tratada e própria para o consumo. Portanto, o simples fato de desligar a torneira ao lavar louça, ou escovar os dentes e desligar o chuveiro ao se ensaboar já são somadas grandes contribuições tanto para o planeta quanto para seu bolso. A escassez de recursos naturais, nesse sentido, não pode ser atribuída somente às empresas, pois foram os consumidores que financiaram sua exploração. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

A estudante de Engenharia Ambiental, Daniela Esmeraldino, 18 anos, nos conta que se mudou esse ano para o litoral paulista, e em pouco tempo pode perceber que aqui o consumo irracional é muito maior que na sua antiga cidade Gravatal no Rio Grande do Sul. “ Talvez seja pelo fato da minha ex-cidade ser um pouco menor que Santos, mas considero a população de lá um pouco mais consciente em relação ao consumo dó que aqui” conclui a estudante. E quando perguntamos para Daniela sobre as diferenças no meio ambiente entre as cidades, segundo a jovem por Gravatal possuir a segunda melhor água termal do mundo, já é um fato que os moradores da cidade sabem valorizar seus recursos naturais. Daniela ainda completou afirmando que é sim adepta as praticas de um cidadão sustentável.

Abordando outro ponto sobre o consumo, podemos notar os reflexos do mesmo com uma visão que poucos fazem questão de realmente saber. Ao comprar produtos de uma empresa que utiliza trabalho escravo, por exemplo, o consumidor passa a financia essa prática, contribuindo mesmo que indiretamente.

Por isso, é fundamental estar bem informado sobre os produtos e serviços que serão adquiridos ou contratados. O poder de transformação social está nas mãos dos consumidores, e cabe a eles escolher como fornecedoras empresas éticas, que respeitam os direitos humanos e os limites naturais do planeta que aos poucos vem dando grandes sinais que o globo está doente e a cura está no bom senso de cada um.

Bruna Lima